Mini-CV Richard Branson

Alegria, ousadia e irreverência guiam seus passos. Conheça as aventuras do fundador do império Virgin.

Nosso executivo de hoje já jogou literalmente nas 11. Com investimento em diversas áreas, Sir Richard Charles Nicholas Branson é um bilionário britânico de 64 anos, pai de dois filhos e fortuna avaliada em US$ 4,8 bi, o que faz dele o sétimo homem mais rico do Reino Unido. Fundador do Grupo Virgin, que atua desde o mercado fonográfico, de mídia até a aviação, hoje, volta seus esforços para deslanchar a Virgin Galactic, empresa com foco no turismo espacial.

Ele já foi dono da Virgin Records, Virgin Media e segue a frente da Virgin Atlantic e Virgin America, companhias da aviação comercial, e da Virgin Galactic, que recentemente fez seu terceiro voo ao espaço, além de manter investimentos em empresas de energia e financiar startups para ajudar jovens britânicos a tirarem seus sonhos do papel.

Ele mesmo já tornou realidade mais de 400 empreendimentos. Está bom para você? As iniciativas, muitas sob o nome Virgin, atuam em diferentes segmentos, como energia renovável, qualidade de vida, promoção de direitos civis e sociais, telefonia, música e aviação, entre muitos outros.

Bom em esportes, mas ruim de estudos, já foi considerado disléxico por seus professores. Fundou a revista Student aos 16 anos com alguns amigos, veículo que utilizou para fazer vendas de discos por correios. Por conta da iniciativa, que atuava também no exterior, viu-se em meio a um imbróglio aduaneiro, acabou encalacrado com o fisco e foi parar na cadeia, saindo de lá mediante pagamento de fiança.

Das vendas por catálogo partiu para sua primeira loja física, na Oxford Street, em Londres. Como investidor da indústria fonográfica, promoveu nomes como Mike Oldfield, Sex Pistols, Phil Collins, Boy George e Janet Jackson. Mas teve que vender a divisão fonográfica do Grupo Virgin, considerada uma das suas maiores derrotas pessoais, para arcar com os prejuízos da sua irmã da aviação.

Especializou-se em enfrentar gigantes acostumados a mercados monopolizados, desafiando players que considerava confiantes demais no seu domínio de mercado. Bateu de frente com a Britsh Airways, gigante da aviação britânica e lançou a Virgin Cola, refrigerante para concorrer com nada menos que a Coca-Cola. A briga foi desleal nos dois segmentos, contra a aviação inglesa, conseguiu manter-se atuante, mas contra a gigante americana teve poucas chances, de qualquer modo, a Virgin Cola segue um hit em Bangladesh.

As peripécias deste senhor, que parece ter o céu como limite, estão documentadas no livro “Losing My Virginity”. Alegria, ousadia e irreverência guiam seus passos. Um dos reflexos disso são os pacotes de benefícios que costuma oferecer a seus funcionários, como férias ilimitadas, serviços financeiros ou academias de ginástica.

Fora isso, ainda tem uma ilha pessoal nas Ilhas Virgens (Virgin Islands), usada para turismo, festas e networking com diversas personalidades mundiais.

Acusado de aventureiro por conta de suas manobras para pagar menos impostos nos negócios, mostrou a melhor face da sua loucura nos esportes, e, fascinado com os limites dos oceanos e dos céus, já se lançou na tentativa de quebrar diversos recordes, de travessia, de alcance, entre outros. Alguns acabaram em resgates televisivos e mostraram sua mania de flertar com a morte, algo inevitável para quem defende viver a vida ao seu máximo.