O sucesso do site de traição Ashley Madison sugere que muitos homens estão cansados de caô e sufocação em casa, para parafrasear um famoso funk carioca, mas podem estar aliviando suas tensões com robôs. O proibidão pode ser perfeitamente relacionado ao site de paquera que esteve no centro das discussões sobre segurança e privacidade online nos últimos dias.
Os mais de 30 milhões de perfis da rede foram expostos na internet, incluindo nomes de usuários, contas de e-mail, descrições físicas e preferências sexuais. Além disso, os e-mails do CEO da empresa, Noel Biderman, também foram hackeados.
A publicação dos perfis online escancarou a privacidade dos usuários, e também mostrou que o site pode não ser ainda mais inseguro. Fora os riscos de publicidade dos seus dados, a rede parece contar com grande número de perfis falsos.
A maioria dos usuários são homens que buscam relacionamento extraconjugal. Eles tiveram suas cidades, estados e universidades vazados. Chamou atenção de especialistas em digital, indícios do vazamento que mostravam que quase todos os perfis femininos eram falsos e mantidos por funcionários da empresa.
A análise do banco de dados publicado mostrava 5 milhões de perfis de mulheres contra 31 milhões de homens. Porém, foram identificadas diversas contas de teste, criadas internamente, sendo 90% dos perfis de mulheres, além de 350 perfis com sobrenomes incomuns muito repetidos.
Apenas 1.492 contas femininas haviam aberto suas caixas de mensagens no site. E somente 2.409 tinham utilizado a função chat do Ashley Madison. Além de 9.700 mulheres que responderam mensagens no site. O número muito superior à abertura da caixa de mensagens é por conta da possibilidade de responder mensagens em massa desde a home do site.
Tudo isso indica que os 11 milhões de homens que utilizaram o chat do site podem ter falado com mulheres que nem existem, sugerindo que trair não passou de intenções no endereço. O site usava perfis falsos para movimentar a interação no ambiente.
Depois do vazamento, outro fato curioso ganhou as manchetes internacionais. Inscritos por meio de contas de e-mail de governo, funcionários públicos de diversos países mantém perfil no Ashley Madison. São 1.405 contas de funcionários dos governos dos Estados Unidos, 918 do Brasil e 597 da Austrália, os três primeiros países da lista. Depois ainda aparecem: África do Sul (340), Canadá (288), Argentina (87), Taiwan (80), Inglaterra (71) e México (68).
O grande volume de homens no endereço parece ter despertado o interesse dos donos do site sobre o universo masculino. Um dos e-mails do CEO do Ashley Madison mostra que a empresa estava considerando fazer uma proposta pelo Grindr, aplicativo de encontro por localização para o público LGBT. A troca de e-mails do mandatário apontava para impressionantes US$ 31 milhões em receitas do Grindr em 2014.
E com projeções animadoras. O Grindr deverá faturar este ano US$ 38 milhões e fechar 2016 com US$ 48 milhões. O app terminou o ano passado com 4 milhões de usuários ativos e 250 mil pagantes do serviço premium.
Os hackers já estão de olho no volume de buscas na internet de pessoas querendo saber se conhecidos utilizam o serviço do site Ashley Madison. Nenhum site legítimo vai publicar informações roubadas/vazadas. O mais provável de acontecer com você, ao procurar por links e listas de pessoas que mantinham perfil no endereço, é ser hackeado ou infectar seu computador com malware. Algumas páginas de destino e serviços de spam que se aproveitam do tema já foram descobertos. Para se proteger, a única maneira é cuidar da sua vida e guardar a curiosidade no bolso.
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