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Empresas de tecnologia e o mito da garagem

O que a HP, o Google e a Apple têm em comum além de serem gigantes da tecnologia? Acertou quem chutou a forma como elas foram criadas.

Desde 1938, quando William Hewlett e David Packard se uniram em uma garagem para dar início a uma das empresas símbolo dos Estados Unidos, corre uma aura em torno da forma como as companhias de maior sucesso do Vale do Silício foram fundadas. Mas nem tudo o que parece é.

O jornal El País jogou luz na forma deturpada em como essas empresas contam as suas histórias. Como por exemplo, o Google, que em 1998 ao alugar a famosa casa em Menlo Park, Califórnia, já tinha arrecadado com diversos investidores mais de US$ 1 milhão. A residência, apontada como berço do buscador mais popular do mundo, foi utilizada por apenas cinco meses por Larry Page e Sergey Brin. Hoje, a casa é propriedade do Google e sua antiga dona, Susan Wojcicki, executiva do YouTube.

O que muita gente não sabe é que por trás das garagens mais famosas do Vale do Silício estão algumas histórias curiosas, mas essenciais para o sucesso dos negócios. Steve Jobs, por exemplo, muito antes de fundar a Apple, com apenas 12 anos, trabalhou na HP. Anos depois, o próprio Jobs revelou que a experiência adquirida na HP foi essencial para o crescimento de sua própria empresa.

Por trás da garagem da HP estão anos de trabalho na General Electric do seu fundador, David Packard, além de uma ajudinha de um professor universitário que indicava os alunos com maior potencial para a recém-lançada Hewlett-Packard.

No YouTube, a história de dois jovens que perceberam a dificuldade de enviar vídeos para a internet  em uma festa, exclui que o seu fundador Chad Hurley foi um dos primeiros empregados da PayPal e seu sogro, James Clark, criador do Netscape e um dos homens mais influentes do Vale do Silício. Em uma entrevista para a revista Time, o outro fundador Steve Chen admitiu ter modificado a história da empresa para que ela parecesse melhor.

Até o Facebook, que surgiu nos dormitórios de Harvard, tenta romantizar sua história ao substituir jovens ricos ávidos por investimentos pelo entusiasmo de meros estudantes. Capitalistas sedentos por lucro parecem não causar tanto deslumbre.

O problema do mito da garagem é que ele causa uma sedução em jovens empreendedores, que tendem a imaginar que a criação de uma empresa de sucesso se dá apenas por uma ideia brilhante. Ao deixar de lado fatores primordiais como o relacionamento com bons contatos e a experiência dos sócios, o fracasso passa a ser iminente.

Redação PSafe

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