Categorias: Cibersegurança

Excesso de check-in pode ser perigoso

Sites se mobilizam para conscientizar usuário da Internet sobre importância da privacidade para reduzir riscos desnecessários

Por favor, não me roube! Este pedido deve estar, no mínimo, no ‘top five’ das preocupações quando saímos de casa e nas orações. Principalmente quando se mora em cidade grande, onde o risco de ser assaltado em qualquer lugar e a qualquer hora é iminente. Agora, você já parou para pensar que, às vezes, oferecemos todos os requisitos para sermos vítimas?

Não, pessoal, este não é um post para comentar sobre segurança pública nas cidades, mas sim sobre hábitos digitais. Muitas vezes é tão legal postar uma foto numa praia, ou naquele restaurante chique com amigos ou família, que não percebemos o risco a que estamos sujeitos devido a essa exposição virtual.

A partir de informações contidas em publicações, como check-in em lugares e fotos com hashtags com a localização, e outras ferramentas de geolocalização, já é possível identificar onde a pessoa está em determinado momento. Aí as pessoas diriam: ‘Ah, é complicado e trabalhoso demais para um criminoso tentar alguma coisa’. Para sua surpresa, lamento informar: não é tão difícil assim.

Em 2010, um site chamado “Please Rob Me” gerou grande repercussão por enviar mensagens de alerta a pessoas que não estavam em casa. Mensagens como “Ei, você sabia que o mundo inteiro pode ver a sua localização?”. Parece até invasão de privacidade, mas não é. São dados públicos que estão ali para que qualquer um veja, se quiser. O objetivo do site, no entanto, não era oferecer aos criminosos a oportunidade de se dar bem, mas uma forma de conscientização das pessoas quanto ao uso da geolocalização e proteção de dados.

Não me roube!

Outro site foi criado: o “Please Don’t Rob Me”. Olhando assim, parece ser o contrário do anterior, mas são bastante semelhantes. O ‘Não Me Roube’ (em português) é uma espécie de experimento social com a finalidade de educar as pessoas, provando como é simples determinar o endereço de um usuário e responder se ele está em casa ou não através de mensagens em redes sociais. O usuário posta uma foto no Instagram e marca a imagem com uma determinada hashtag e pronto! É o ponto de partida perfeito para o app agir. Num primeiro momento, pela imagem ele procura nome completo do usuário na  própria rede social. Em seguida, busca num guia endereços referentes àquele nome.

O resultado não é tão preciso e muito amplo ainda. Então, se inicia uma nova busca. Desta vez, serão observadas as últimas fotos adicionadas que contenham dados GPS. Feita essa combinação, é mais simples apontar a residência do usuário. Para identificar se ele está em casa, novamente dados GPS são utilizados. Realiza-se uma comparação entre a última fotografia adicionada e a geolocalização da residência. Está vendo como não é tão complicado assim ? Por isso, todo cuidado é pouco!

A lição a ser aprendida, no caso, é que precisamos ficar atentos aos recursos de privacidade. Dependendo da forma que estejamos aplicando, ela pode estar sendo exposta para o mundo inteiro. Há muita gente que usa a internet para praticar crimes. Fiquem atentos!

Redação PSafe

O dfndr blog é um canal de caráter informativo que apresenta conteúdos exclusivos sobre segurança e privacidade no mundo mobile e empresarial, com dicas para manter a população protegida. Formado por uma equipe de repórteres especializados, o canal conta com a parceria dos especialistas em segurança do dfndr lab para trazer, em primeira mão, notícias sobre ataques, golpes, vulnerabilidades na internet, malwares e suas variações.

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