De olho nas Olimpíadas, Japão faz simulação de ataques cibernéticos

A cidade de Tóquio só vai sediar os Jogos Olímpicos em 2020, mas o Japão já trabalha em suas defesas contra o terrorismo em treinamento que envolveu diversos setores do […]

A cidade de Tóquio só vai sediar os Jogos Olímpicos em 2020, mas o Japão já trabalha em suas defesas contra o terrorismo em treinamento que envolveu diversos setores do governo. Mas não pense que a polícia japonesa e o exército treinaram em uma estação de metrô ou no agitado cruzamento do bairro de Shibuya. A simulação envolveu 50 especialistas em segurança digital contra um ataque de phishing direcionado aos ministérios do governo, agências e 10 associações da indústria japonesa.

O governo da terra do sol nascente não é o primeiro a se preocupar com o chamado ciberterrorismo. Dois anos antes das olimpíadas de Londres, a Grã-Bretanha convocou hackers para testar seu sistema de segurança digital, projetado para os jogos olímpicos. No evento, Londres combateu inúmeros ataques cibernéticos com sucesso.

"Não é que nós não colocamos esforços em cibersegurança, mas estamos certamente atrás dos Estados Unidos", disse Ichita Yamamoto, o ministro responsável pela política de TI e que está liderando os esforços para aumentar a segurança cibernética do país.

Na simulação, governo e empresas do país abriram seus computadores para uma série de arquivos maliciosos, desenvolvido para roubar dados e senhas dos servidores.  

"Os ataques cibernéticos estão se tornando mais sutis, sofisticados e internacionais, e reforçar a resposta do Japão se tornou uma questão crítica", disse o porta-voz do governo japonês Yoshihide Suga.

A cibersegurança do pais é compartilhada entre a Agência Nacional da Polícia e quatro ministérios. A simulação que ocorreu na última terça-feira (18) foi a primeira a reunir o governo e entidades privadas para combater a ameaça iminente de hackers.