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Advogados e empresas de advocacia são alvos de ciberataques

Se você pensa que os cibercriminosos só estão interessados em roubar senhas de cartão de crédito ou do banco, está superenganado. No mundo virtual, informações podem render uma fortuna quando vendidas para as pessoas certas ou, nesse caso, para as pessoas erradas. Por isso, a ambição dos hackers já está se voltando a um outro tipo de usuário: os advogados e firmas de advocacia.

Responsáveis pela representação legal de cidadãos e empresas, os advogados possuem uma enorme quantidade de informações sobre seus clientes. Em mãos erradas, esses dados podem comprometer toda uma vida pessoal e financeira. Por isso, segundo o analista de segurança da PSafe Ricardo Coutinho, é fundamental que os equipamentos dessas companhias contem com programas específicos para protegê-los contra malwares e, em caso de ataques, contratar empresas especializadas na localização de servidores contaminados.

“Para tentar evitar ataques desse tipo, o principal é ter um bom antivírus em todas as máquinas do escritório. Mas, além disso, é necessário cuidar da segurança dos servidores e da rede utilizada. Adicionar proteções e várias autenticações para o acesso de conteúdo privado também são umas das possíveis soluções”, acrescenta Coutinho.

Em janeiro deste ano, o escritório Almeida Advogados sofreu um ataque ao seu servidor que impossibilitou, pelo menos, 150 funcionários de trabalhar. O advogado e fundador da empresa André Almeida disse que até seus telefones pessoais apresentaram interferência externa de hackers. As consequências do ataque duraram nove dias e o advogado – na época, responsável por uma ação contra a Petrobrás – teve que se isolar no interior de São Paulo com outro telefone, outra rede de internet e outro e-mail.

No Brasil, o Marco Civil da Internet, aprovado no começo de 2014, tem como um de seus principais princípios a privacidade dos dados. Um dos pioneiros no assunto, o país é um dos primeiros a criar uma legislação para crimes cometidos no mundo digital e, com isso, responsabilizar as empresas por serem vulneráveis a ataques cibernéticos e permitirem o roubo de dados dos clientes.

O problema é que a maioria das empresas não está preparada para esses ataques. Informações banais, como meros detalhes contratuais, podem ser vitais para a estratégia de uma empresa e a concorrência poderia estar disposta a pagar uma fortuna para consegui-las. Nos Estados Unidos, a Ziprick and Cramer foi uma das companhias de advocacia afetada pelos ataques. A empresa teve que notificar todos os seus clientes de que seus servidores foram expostos a uma invasão.

Portanto, se você acha que só deve se preocupar com o seu computador, pense duas vezes. Converse com seu advogado e tenha certeza de que nenhuma informação pessoal está disponível e vulnerável a crimes cibernéticos!

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