Já falamos por aqui algumas precauções que devem ser tomadas ao acessar redes Wi-Fi públicas. No entanto, mesmo que você siga a risca todas as orientações ainda pode fornecer uma série de informações para os administradores da rede. Saiba como isto acontece.
Esqueça invasão de hackers ou vírus, é você mesmo que permite ser "invadido". Isso ocorre principalmente em redes instaladas em locais com grande aglomeração de pessoas, como em shoppings.
Muitas vezes, ao entrar na rede aberta é preciso completar um cadastro para liberar o acesso à internet. Neste cadastro já vão algumas informações importantes como e-mail, telefone e data de nascimento.
Com o cadastro concluído e a internet liberada, você passa a ser monitorado o tempo em que estiver conectado à rede. Com isso o shopping pode ver por quais lugares transitou, quais são as lojas em que você entrou e em qual parte do centro comercial está dando maior e menor movimento.
Claudio Sá de Abreu, fundador da ViaLink, empresa especializada em infraestrutura de redes, explica como isso é possível. "Existem técnicas que permitem que a posição de uma pessoa seja determinada, aproximadamente, a partir do sinal emitido por seu dispositivo móvel. Outra forma é colocar vários Access Points, que vão monitorando por onde um determinado aparelho móvel está passando", diz o especialista.
No vídeo (em inglês) é possível ver como funciona na prática.
O blog El Android Libre fez um alerta um tanto quanto assustador. Em certos cadastros, principalmente os que pedem vínculo com a conta do Facebook, os administradores da rede conseguem ainda mais informações, como os contatos e até os interesses das pessoas através das páginas curtidas.
Claro que tudo isto teria um motivo. Se você chutou publicidade está certo. Com essas informações a administradora do centro comercial pode mandar uma publicidade com uma promoção "arrasadora" para seu smartphone enquanto estiver passando na frente de determinada loja. Com o lugar certo e a hora certa, as chances de influenciar na decisão de compra do consumidor são maiores.
Nesse caso especificamente, talvez a melhor maneira para não fornecer essas informações é evitar se conectar em redes Wi-Fi que seja obrigatório o cadastro prévio, dando preferência às conexões 3G ou 4G.
"Onde essas informações [cadastro] ainda não são solicitadas, os usuários devem ter, no mínimo, os sistemas de proteção normais em seus dispositivos, como antivírus e firewall", explica Claudio.
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