Categorias: Cibersegurança

Programa de computador que se passa por criança vence Teste de Turing

 

O jovem Eugene Goostman, de 13 anos, fez história ao ser o primeiro a conseguir passar no Teste de Turing. O fato não teria nada de anormal, não fosse o ‘rapaz’ um computador. O programa conseguiu enganar parte de um júri se passando por uma criança de 13 anos. Para alcançar o êxito e vencer o teste, o computador precisou convencer 33% dos interlocutores humanos em uma conversa escrita.

Esta não é a primeira vez que um programa alega ter conseguido passar pelo Teste de Turing. Mas foi a primeira vez que o feito foi registrado oficialmente. O Turing Test foi realizado na Universidade de Reading, no Reino Unido. Os responsáveis pelo desenvolvimento do programa são o russo Vladimir Veselov e o ucraniano Eugene Demchenko. A dupla trabalhou no projeto desde 2001. Após vencer o teste, Eugene Goostman mostrou que é um jovem bastante confiante. “Sinto que passar o teste de Turing foi fácil. Não foi nada original”. 

O Teste de Turing foi criado na década de 50 pelo britânico Alan Turing, um dos pioneiros da informática. O teste é realizado a partir de uma conversa com duração de cinco minutos entre o júri e o computador. O parâmetro levado para o julgamento leva em conta se a forma de escrever se assemelha ao de uma pessoa comum com aquela idade. “Nosso principal objetivo era fazer com que ele (Eugene Goostman) pudesse mostrar que sabia falar qualquer coisa, mas a verdade é que com aquela idade também seria perfeitamente razoável que não soubesse tudo”, esclareceu Veselov.

Durante o evento, cinco programas se apresentaram. O júri era composto por especialistas e atores. O professor da Universidade de Reading, Kevin Warwick, lembrou que o êxito alcançado pelo computador não deve ser, necessariamente, festejado, uma vez que aumenta a probabilidade de um ser humano ser enganado por um computador.

“O teste é uma ferramenta vital para combater uma ameaça. É importante entender melhor como comunicações deste gênero, online e em tempo real, podem influenciar um indivíduo de uma forma a enganá-lo e levá-lo a acreditar que é uma coisa séria quando na verdade não é”, declarou Warwick.

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