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O que é sextorsão?

Você sabe o que é sextorsão? Também conhecido como estupro virtual, o termo sextorsão é o resultado da junção das palavras “sexo” e “extorsão”. Caracterizado como um tipo de crime virtual, a sextorsão consiste quando alguém mal-intencionado tem acesso a materiais pessoais de terceiros – como “nudes” e vídeos íntimos – e, a partir disso, ameaça divulgá-los na internet em troca de dinheiro ou favores.

“Na maioria das vezes, a chantagem é feita por pessoas próximas à vítima ou por quem ela já teve algum tipo de relacionamento íntimo, como um ex-namorado. Mas o crime também pode ser cometido por hackers que obtêm acesso ao celular ou computador do usuário.” explica Emilio Simoni, diretor do dfndr lab – laboratório especializado em segurança digital.

As mulheres são as principais vítimas

O estupro virtual vem crescendo e se tornando cada vez mais comum na internet. Segundo a SaferNet Brasil, 69% das vítimas de sextorsão são meninas e mulheres, que podem sofrer graves consequências pela exposição, como constrangimento, prejuízos financeiros e até mesmo depressão. Isso porque os cibercriminosos divulgam o conteúdo íntimo da vítima para pessoas de seu convívio social, como amigos e familiares.

Como a sextorsão acontece?

Os cibercriminosos estão sempre atentos a novos comportamentos dos usuários no mundo digital. Eles veem as vulnerabilidades de suas potenciais vítimas como oportunidades para criarem novos ataques. Por isso, Simoni reforça que é preciso que você esteja atento sobre o que é sextorsão e como são as diversas táticas utilizadas para aplicá-la.

Engenharia social
A engenharia social é muito utilizada na sextorsão. Ela é o principal método que os golpistas usam para ganhar a confiança e persuadir alguém. “Esse tipo de estratégia é vantajosa para o criminoso, pois é muito mais fácil convencer pessoas a cederem seus dados e conteúdos íntimos do que ter o trabalho de hackeá-las” relata Simoni. Após conseguir o conteúdo, o hacker passa a pedir quantias de dinheiro para não divulgar os materiais comprometedores. A vítima, por estar emocionalmente vulnerável, cede à chantagem com mais facilidade.

Leia mais: Engenharia social é o método mais usado por hackers para enganar pessoas

Phishing
Esse tipo de prática é conhecida pelo envio de e-mails com títulos chamativos, que acabam sendo difíceis de serem ignorados. Alguns desses e-mails podem conter falsas ofertas ou brindes e, ao acessar, a vítima é hackeada. “Esses ataques são muito usados por hackers porque viralizam rapidamente, já que as vítimas precisam compartilhar o golpe com seus amigos”, esclarece Simoni.

Clonagem de WhatsApp
Atualmente a troca de “nudes” entre jovens é algo muito comum, e o WhatsApp é um canal muito usado para isso. O problema é que o golpe de clonagem de WhatsApp tem crescido muito no Brasil nos últimos anos. Segundo uma pesquisa realizada pela PSafe, desenvolvedora dos apps dfndr– 8,5 milhões de brasileiros já tiveram o WhatsApp clonado. Assim, ao ser clonado, todas as suas mídias enviadas para outras pessoas estarão em risco.

“Para clonar uma conta de WhatsApp, o cibercriminoso cadastra indevidamente o número de telefone do usuário em outro dispositivo e, após esse processo, um SMS contendo um código de liberação de acesso é enviado ao celular da vítima. Depois, ela é induzida a fornecer esse código ao hacker e, em seguida, a sua conta de WhatsApp é bloqueada”, relata Simoni.

Leia mais: 8,5 milhões de brasileiros já tiveram o WhatsApp clonado

Scammers
Perfis falsos não são novidade, e você provavelmente já interagiu com algum. Fotos e vídeos estão constantemente na mira de pessoas mal-intencionadas e, com os scammers, não é diferente. Os scammers utilizam a engenharia social, e geralmente tentam a aproximação romântica. Portanto, os perfis atrativos demais, como de homens bem-sucedidos, viúvos e, às vezes, que dizem ser militares, podem esconder uma falsa identidade.

Leia mais: Mulheres são as maiores vítimas de scammers no Brasil

Quais as medidas necessárias para se proteger?

A vergonha, falta de conhecimento e o medo são as principais armas dos criminosos. Os especialistas do dfndr lab reuniram algumas medidas para que você mantenha sua vida íntima segura na internet.

 

1. A internet trouxe uma possibilidade para golpistas se manterem anônimos, portanto, não acredite em todo mundo que você conhece online. Desconfie de pessoas que se aproximam de você por meio de redes sociais, principalmente caso elas peçam ajuda financeira ou acesso a informações ou fotos suas.

 

2. Se você costuma acessar seu e-mail pelo celular, é preciso redobrar a atenção, principalmente porque existem ciberataques desenvolvidos exclusivamente para infectar smartphones. “O ideal é utilizar um antivírus que ofereça proteção completa. O dfndr security, por exemplo, te envia alertas sempre que você receber ou acessar um golpe golpes, phishing ou sofrer alguma tentativa de clonagem de WhatsApp”, explica Simoni. Você pode baixar grátis o dfndr security aqui.

 

 

 

 

3. Habilite mecanismos de segurança como a autenticação em dois fatores. Assim, mesmo que um hacker descubra a sua senha, ele ainda não conseguirá acessar suas contas importantes.

4. É muito importante denunciar os casos de sextorsão que acontecem com pessoas próximas a você. O Marco Civil da Internet obriga as empresas de internet como redes sociais e o Google, por exemplo, a removerem conteúdos que violem a intimidade após as denúncias. Na plataforma em que foram divulgados, procure a opção de denúncia. Assim, além de proteger seus amigos, você contribui para um ambiente virtual mais seguro, impedindo que criminosos saiam impunes deste crime.

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Redação PSafe

O dfndr blog é um canal de caráter informativo que apresenta conteúdos exclusivos sobre segurança e privacidade no mundo mobile e empresarial, com dicas para manter a população protegida. Formado por uma equipe de repórteres especializados, o canal conta com a parceria dos especialistas em segurança do dfndr lab para trazer, em primeira mão, notícias sobre ataques, golpes, vulnerabilidades na internet, malwares e suas variações.

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