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Celular roubado: como bloquear aplicativos com senha?

Já teve seu celular perdido ou roubado? Bloquear aplicativos com senha é uma boa alternativa para evitar dores de cabeça. Quer ver um exemplo?

No dia 5 de maio de 2022, o podcaster Bruno De Paula (mais conhecido como VanDep) chamou a atenção de várias pessoas no Twitter com uma thread extensa, relatando um dos casos mais assustadores relacionados ao roubo de smartphones dos últimos tempos.

Em resumo, o rapaz teve o celular roubado após uma viagem, e apesar do pedido de bloqueio feito diretamente para a operadora, os criminosos gastaram mais de 100 mil reais de sua conta bancária. A tentativa de resolução do problema com os bancos foi bem-sucedida no final das contas, mas não impediu muitas transações criminosas nos dias seguintes ao roubo.

A denúncia foi suficiente para deixar muita gente preocupada e chamar a atenção para a falta de segurança envolvendo os aplicativos financeiros. Segundo Bruno, nenhuma pessoa sabia de suas senhas, e os aplicativos bancários tem acesso via reconhecimento facial, mas isso não foi suficiente para deter o acesso de pessoas mal intencionadas.

Tal preocupação se deve ao aumento do número de roubos de aparelhos celulares no país. O número de boletins de ocorrência relatando crimes deste tipo cresceram 13% no primeiro bimestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Afinal, é possível se proteger?

Os furtos de telefones costumam acontecer em vias públicas ou no trânsito, enquanto as vítimas estão com o celular em mãos ou em uso. Dessa forma, os criminosos têm acesso ao aparelho já desbloqueado, como foi o caso de Bruno.

Esse desbloqueio permite a busca de senhas ou dados pessoais armazenados pelos próprios usuários no smartphone. Em tese, se o celular bloqueado contar com uma senha relativamente complexa e a atualização do sistema operacional, isso por si só já dificulta bastante o acesso indevido.

Por outro lado, se o criminoso acessar o celular, ele vai ter também acesso ao SMS e e-mail da vítima. Assim, pode conseguir alterar as senhas ou passar pela dupla autenticação ao acessar os aplicativos. “Uma vez que o cibercriminoso tenha dados reais da pessoa, seria fácil se passar por um serviço legítimo e utilizar engenharia social para obter dados mais críticos da vítima, que poderiam ser utilizados para pedir empréstimos, senha de banco e contratações de serviços, por exemplo”, explica o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni.

Como não é possível manter esses dados fora do celular hoje em dia, o que pode ser feito além de evitar andar com o celular em uso em lugares muito movimentados ou suspeitos? Veja algumas dicas abaixo:

  • Use sempre uma configuração de bloqueio da tela de início do celular e opte pela opção de bloqueio automático mais rápida (30 segundos, por exemplo);
  • Evite utilizar o recurso de “lembrar/salvar senha” em sites e redes sociais;
  • Mantenha o sistema operacional do celular atualizado e verifique sempre se há atualizações de apps pendentes;
  • Jamais anote senhas em blocos de notas, e-mails, mensagens de WhatsApp ou outros campos de texto do celular;
  • Utilize ferramentas de segurança adicionais como biometria, reconhecimento facial e dupla autenticação em apps e redes sociais;
  • Coloque um PIN também no chip do celular. Dessa forma, se o aparelho for reiniciado, será necessário inserir o código pessoal para uso da linha e envio e recebimento de SMS.

O que fazer se o roubo já aconteceu?

A primeira providência a ser tomada no caso de furto de smartphones (com o aparelho desbloqueado ou não), é tentar apagar os dados remotamente. Isso pode ser feito ao acessar as páginas que a Apple (no caso do iPhone) e o Google (para celulares com o sistema Android) criaram para rastrear dispositivos perdidos.

Só depois dos dados apagados, comunique a operadora de que o aparelho foi roubado, e solicite o bloqueio da sua linha. Se você fizer isso antes de deletar os dados e a linha for cancelada, o comando para limpar o dispositivo pode não vai chegar, principalmente se o smartphone estiver sem acesso a internet.

As entidades de defesa do consumidor recomendam ainda entrar em contato com o banco para o bloqueio do app e da conta, e que seja registrado também um boletim de ocorrência.

É possível bloquear os apps gratuitamente?

Conversas em mídias sociais, aplicativos financeiros e de lojas com cartões salvos são um prato cheio para criminosos. Até por isso, por mais que você seja uma pessoa precavida, proteger seus apps com senha pode ser uma das únicas formas de prevenir dores de cabeça.

O aplicativo dfndr security é capaz de criar uma barreira para qualquer intruso no seu celular. Para isso, basta acessar a opção “cofre”, definir senhas extras e proteger os aplicativos em que mais troca assuntos confidenciais. Mesmo que o invasor descubra a senha de desbloqueio do aparelho, ele não terá acesso a eles.

Com este recurso você pode escolher os arquivos e aplicativos que deseja incluir mais uma etapa de autenticação. Para isso, basta acessar o menu principal do aplicativo e escolher a opção “Cofre”, no menu principal.

Em seguida, você deverá criar um padrão de toque e cadastrar sua digital para permitir uma dupla autenticação nos aplicativos protegidos, como mostra a imagem abaixo.

Em seguida, você deve escolher no menu quais aplicativos deseja aplicar essa autenticação extra. Para isso basta tocar o ícone de cadeado ao lado do app que deseja proteger.

Pronto! A partir do próximo acesso, o aplicativo protegido já pedirá a sua autenticação extra. Viu como é fácil?

Lembre-se que a função de proteção dos aplicativos deve ser solicitada antes do furto do aparelho para que funcione. Aproveite para baixar o seu aplicativo dfndr security e ativar a proteção do seu celular agora mesmo!

Bianca de Moura

Redatora no Grupo CyberLabs, especialista em Comunicação Digital. É formada em Jornalismo e Publicidade, com mais de 6 anos de experiência em produção de conteúdo voltado para tecnologia. Atualmente, democratiza conhecimentos na área de cibersegurança com o apoio dos especialistas do dfndr lab.

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