Empresas temem sequestro de dados por hackers

Desde que a internet passou a fazer parte da vida das pessoas, as empresas começaram a investir cada vez mais nessa plataforma, seja para vendas ou divulgação das […]

Desde que a internet passou a fazer parte da vida das pessoas, as empresas começaram a investir cada vez mais nessa plataforma, seja para vendas ou divulgação das marcas. O problema é que com as vantagens vieram as preocupações. A segurança, especialmente, demanda grande esforço das companhias.

O sequestro de dados de sites tem sido uma das principais práticas dos ataques online de hackers, que preparam armadilhas cada vez mais complexas e diversificadas. As empresas contabilizam prejuízo em 2014 e passam a investir pesado em segurança.

A Target, rede varejista norte-americana, por exemplo, sofreu uma invasão em 2014 que ocasionou o roubo de informações pessoais de aproximadamente 70 milhões de clientes do site da companhia. Após o episódio, 60% das principais empresas do Canadá, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália aumentaram seus investimentos em segurança para se proteger de possíveis ataques de hackers.

Pedidos de resgate aumentam

Em junho de 2014, criminosos invadiram os servidores da empresa Domino’s Pizza na França e na Bélgica, e fizeram download de dados de mais de 600 mil clientes — nomes, endereços, e-mails, senhas, instruções de entrega e até os molhos preferidos. A autoria dos ataques foi assumida pela organização conhecida como Rex Mundi (rei do mundo).

Na ocasião, os hackers exigiram um pagamento de resgate equivalente a US$ 40 mil para devolver os dados.

O Rex Mundi, em 2012, fez uma ação parecida com a empresa de crédito consignado AmeriCash Advance e publicaram milhares de dados de pessoas solicitantes de empréstimos financeiros.

Também no mês de junho de 2014, a Nokia se viu obrigada a pagar milhões de euros a hackers que ameaçaram revelar o código-fonte de parte do sistema operacional usado nos smartphones da companhia, o Symbian. A polícia da Finlândia, país de origem da empresa, confirmou que estava investigando um crime de extorsão envolvendo a Nokia.

Grandes companhias como Google, Facebook, HP e Microsoft cansaram de brigar com hackers e passaram a oferecer prêmios em dinheiro para quem descobrir e alertar sobre falhas em seus produtos. O Google, por exemplo, já chegou a pagar US$ 60 mil pela descoberta de um erro de segurança no Chrome.

Microsoft obtém vitória contra hackers

Um mês depois, a Microsoft divulgou o resgate de 4,7 milhões de computadores controlados por redes ligadas ao crime virtual, o que foi chamada na época de “a operação mais bem-sucedida de sempre”.

A empresa que tem uma unidade especializada para este tipo de situações conduziu cerca de uma dezena de operações, mas nenhuma tinha conseguido resgatar tantos computadores e identificar outros tantos afetados.

De acordo com a empresa, os países mais afetados por esta rede agora identificada são a Índia, Paquistão, Egito, Brasil, Argentina e México, embora a maioria dos utilizadores não saiba que foi contaminado pelo malware distribuído pela rede.

Ataque causa perda total em site

Mas, nem todas as empresas possuem o mesmo o poder aquisitivo da Microsoft para travar uma guerra tão difícil. O site Code Spaces, que oferecia serviços de colaboração e hospedagem de códigos para programadores, deixou de operar permanentemente após uma invasão que ocorreu em junho de 2014.

Um hacker tirou o site do ar com um ataque de negação de serviço e pediu dinheiro como resgate para que a ação fosse interrompida. Como os responsáveis pelo Code Spaces decidiram não pagar, o hacker apagou os dados do site.

Ao perceber o ataque, os donos do Code Spaces tentaram trocar as senhas de acesso, mas o hacker usou senhas adicionais que havia criado para apagar a maior parte dos dados do site. Quando o acesso foi finalmente restabelecido, muitos arquivos já haviam sido perdidos permanentemente.

Depois do caso, a empresa informou que não havia maneira de continuar ofertando o serviço porque os custos envolvidos seriam muito altos e a credibilidade do serviço também foi prejudicada. O site, portanto, foi completamente destruído.