Grandes ataques hackers a empresas e governos

Conheça os casos mais marcantes de grandes transtornos causados por vírus e malwares

Ao longo dos últimos anos, criminosos virtuais estão vendo suas opções de ataques se multiplicarem com a variedade de plataformas e possibilidades de se conectar a internet. Por isso, não é raro lermos notícias quase que diárias de ações de hackers, principalmente a grandes empresas e a governos. Alguns casos ganham enormes proporções devido à ousadia ou ao número de vítimas afetadas. E são esses que relembramos agora.

Foi em 2014 que o mundo teve alguns de seus maiores ataques virtuais da história. Entre o final de fevereiro e o início de março, hackers acessaram o banco de dados do eBay e roubaram registros de nada menos que 145 milhões de usuários cadastrados.

A crise teve início mais especificamente no PayPal, propriedade do eBay. Usuários do site de pagamentos foram aconselhados a mudar suas senhas, sendo o aviso dado por meio de um post no blog oficial, contendo apenas o título com a advertência, sem texto. Na época, o aviso causou uma queda de 1,73% nas ações da empresa.

O caso Adobe, em 2013

O ataque ao eBay, segundo especialistas, foi a segunda maior brecha em segurança já detectada. Só perde para o caso com a Adobe em 2013, quando 152 milhões de contas tiveram seus dados acessados.

De acordo com um comunicado da empresa na época, os hackers tiveram acesso a informação codificada que continha as senhas, datas de fim de licenças e números de cartões de crédito e débito dos utilizadores.

EUA, eternos alvos dos russos

Entre 2007 e 2010, hackers usaram um malware que compartilhava logins, senhas e dados bancários de clientes que tinham ações investidas na bolsa americana Nasdaq. Eles filtraram suas buscas por pessoas que tinham grande volume de dinheiro em conta.

Segundo informações do governo americano, cerca de 800 mil contas bancárias foram atingidas, gerando um prejuízo de aproximadamente US$ 300 milhões. Além disso, 160 milhões de cartões de crédito tiveram os dados comprometidos.

Como consequência, quatro cidadãos russos e ucranianos foram acusados, em 2013, de comandar a sofisticada organização de hackers que, por anos, penetrou as redes de computação de mais de uma dúzia de grandes empresas norte-americanas e internacionais.

A Heartland Payment Systems, sediada em Nova Jersey, nos Estados Unidos, processa pagamentos com cartões de crédito e débito para pequenas e médias e empresas, e foi identificada como a principal vítima do esquema iniciado em 2007, com o roubo de mais de 130 milhões de números de cartões de crédito e prejuízos de mais de US$ 200 milhões.

A Global Payment Systems, de Atlanta, outra grande empresa de processamento de pagamentos por cartão, teve quase um milhão de números de cartões roubados, com prejuízos de quase US$ 93 milhões, segundo os promotores.

Presidente da Sony é ameaçado

O ano de 2014 não foi tão bom para o Sony quando o assunto é segurança digital. Por meio de um post no Playstation Blog, a empresa confirmou que os servidores sofreram ataques DDoS (quando vários bots propositalmente acessam o serviço de uma vez, causando instabilidade), o que fez com as funções da PSN ficassem fora do ar durante todo o dia.

Apesar de garantir que nenhuma informação pessoal dos clientes foi acessada ou comprometida pelo ataque, o presidente da Sony Online Entertainment, John Smedley, chegou a ser ameaçado. O grupo informou que o avião em que Smedley estava viajando continha bombas, o que deve ter assustado bastante a todos, a ponto do trajeto do voo ter sido desviado por “questões de segurança”, segundo mensagem do executivo.

Outros ataques a empresas de games

Não só os serviços da Sony ficaram fora do ar em 2014. Servidores da Blizzard e da Riot também sofreram com instabilidade após ataques. Em determinado momento do ano, três grandes empresas de games tiveram problemas em pouco tempo.

Também neste ano, o site do estúdio de Phil Fish, o Polytron, foi invadido por hackers e várias informações pessoais do desenvolvedor foram divulgadas. O mesmo aconteceu com Zoe Quinn, desenvolvedora de Depression Quest.

Os ataques pelo mundo

É difícil mensurar quantos ataques acontecem diariamente, e quais suas consequências. O gráfico abaixo (em inglês) e os enlaces, do início de 2014, mostra quais foram as empresas mais atingidas em 2013. Ele foi desenvolvido pelo site Information is Beautiful, no artigo World’s biggest data breaches.