Maré recebe o primeiro laboratório de dados em favelas

Comunidade do Rio de Janeiro é sede do Data Labe, projeto que reúne e analisa informações sobre os jovens das periferias do país

O Complexo da Maré – mais especificamente no Galpão Bela Maré -, na zona norte do Rio de Janeiro, recebe o primeiro laboratório de dados instalado dentro de uma comunidade. O Data Labe reúne e analisa, desde o início de 2016, informações e dados públicos sobre favelas da capital fluminense.

Resultado de uma parceria entre as organizações Observatório de Favelas e a Escola de Dados, o laboratório tem como objetivo analisar e questionar dados públicos a partir da perspectiva popular e periférica. “Se os dados são feitos para a população e produzidos por ela, por que eles não chegam até nós?”, pondera Vitória Lourenço, uma das integrantes do Data Labe. “Estamos falando de direito a acesso aos dados que produzimos e de representatividade”, complementa.

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Os membros do laboratório tiveram acesso a um curso de jornalismo de dados conduzido pela Escola de Dados. As aulas contemplavam técnicas de levantamento, cruzamento e visualização das informações coletadas.

No primeiro projeto, cinco jovens moradores de periferias da cidade trabalharam em um estudo cuja proposta é responder a questões relacionadas a seus territórios, com temas como  mobilidade urbana, acesso à universidade, causas LGBT, mortalidade materna e oportunidades na cidade.

Agora, o Data Labe inicia sua segunda fase. Vitória conta que, nesse momento, o grupo trabalha em um banco de dados sobre veículos de comunicação popular. “Temos certeza de que no final sairá algo bem bacana e feito em conjunto”, comemora.

O resultado da primeira pesquisa será lançado ainda neste mês na página oficial do Data Labe no Facebook (https://www.facebook.com/datalabe/) ou no Medium ((https://medium.com/data-labe). Vale muito a pena conferir e acompanhar!

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