Start-up brasileira cria antivírus gratuito que roda na nuvem

O PSafe não precisa ser instalado na máquina e faz toda a varredura e eliminação de pragas virtuais remotamente.

Uma empresa de segurança digital recém-criada no Brasil está oferecendo gratuitamente um serviço de antivírus na nuvem. A PSafe anunciou seu produto no úlltimo mês de abril e desde então foi instalado em mais de 190 mil computadores no país. Este não é o primeiro antivírus a utilizar a computação em nuvem, mas as vantagens, especialmente em relação aos programas de segurança convencionais (instalados no PC) são interessantes. O usuário não precisa instalar todo o software em sua máquina, basta baixar gratuitamente uma espécie de executável, que garante a comunicação e a ação do programa que roda num servidor, na nuvem privada do PSafe.

Segundo o criador da tecnologia, para o usuário é uma grande vantagem o antivírus trabalhar remotamente. “O PC é um ambiente hostil, onde é muito fácil para as pragas se esconderem e driblar os programas de segurança”, diz Marco de Mello, CEO do grupo Xangô, responsável pelo desenvolvimento do PSafe. Mello, que já foi responsável pela área de segurança do Windows, conhece bem o sistema operacional e acredita que os computadores ficarão mais seguros com os antivírus rodando na nuvem. “Os servidores que utilizamos são muito poderosos. É como se utilizássemos artilharia pesada para combater os vírus, enquanto no PC, o software teria o poder de um único soldado”, afirma.

Outra vantagem do processamento na nuvem é o menor consumo de processamento. O programa que faz a varredura e limpeza da máquina roda na nuvem, em servidores separados. Com isso, a performance da máquina não é comprometida. “O PSafe utiliza uma fração do processamento que antivírus convencionais necessitam”, diz Mello. Mesmo desconectado da internet, o computador não deixa de estar protegido. A tecnologia do programa permite uma proteção 24 horas inclusive para a varredura de pen-drives, HDs externos e CDs.

Nos três primeiros meses de vida, o programa eliminou um total de 25 milhões de ameaças virtuais. E a start-up quer mais. A expectativa é aumentar o número de usuários dos atuais 190 mil para 75 milhões em três anos. Para chegar lá, o grupo Xangô aposta no boca a boca via internet. Para incentivar mais gente a instalar o antivírus, a empresa criou uma espécie de programa de fidelidade, chamado Heróis da Rede. Todos que instalam ou indicam novos usuários ganham pontos que depois podem ser trocados por prêmios.

O PSafe é o primeiro produto criado pelo Grupo Xangô. Em setembro, outro deve ser lançado. Com o nome ainda provisório de LockBox, o serviço funcionará como um backup de informações armazenadas no micro. Ao contrário do antivírus, o produto será pago. Os preços devem variar de R$ 9,99 a R$ 29,99 dependendo da quantidade de dados armazenadas.

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