Como nosso cérebro reage a alertas de segurança digital

Excesso de informação pode fazer com que a pessoa ignore avisos importantes de segurança. Entenda o estudo que ajudará empresas de segurança digital

Poucas coisas na ciência são tão legais quanto a ressonância magnética. Com o uso do aparelho é possível entender visualmente como nosso cérebro reage a diferentes estímulos. Uma equipe de pesquisadores resolveu entender como o cérebro se comporta enquanto recebemos avisos de segurança. O resultado foi surpreendente.

No estudo, que será divulgado por completo durante a CHI 2015*, os pesquisadores constataram que o nosso cérebro tem uma queda abrupta de atividade, enquanto somos submetidos a avisos de segurança digital.

Na pesquisa, 25 estudantes universitários foram colocados um a um sobre a máquina de ressonância magnética. Eletrodos foram colocados na cabeça para que o cérebro pudesse ser visto por completo.

O experimento foi dividido em duas partes. Na primeira, cada participante recebeu um conjunto com 560 imagens aleatórias para serem visualizadas. Na segunda etapa, os estudantes receberam um notebook e avisos de antivírus apareciam esporadicamente.

Com os constantes alertas, os usuários tendem a não prestar atenção nas mensagens e, ao fechar a caixa de diálogo sem prestar atenção, podem comprometer a segurança.

Um dos objetivos da pesquisa é ajudar as empresas a criarem softwares cada vez mais atrativos.

*CHI 2015 é uma conferência com mais de 30 anos de tradição, que mostra as tendências do uso da tecnologia no corpo humano. Este ano ela acontece em Seul, na Coreia do Sul, entre os dias 18 e 23 de abril.