Golpe do Pix de R$1 real tem circulado no WhatsApp

Pessoas estão sendo convidadas nas redes sociais a participar de grupos de WhatsApp nos quais, supostamente, vão ganhar dinheiro dos outros membros.

Pessoas estão sendo convidadas nas redes sociais a participar de grupos de WhatsApp nos quais, supostamente, vão ganhar dinheiro dos outros membros. Este golpe utiliza do esquema de pirâmide para atrair cada vez mais pessoas com a promessa de ganhar dinheiro fácil.

Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, o laboratório de cibersegurança da PSafe, explica o funcionamento do golpe: “para fazer parte do grupo o convidado é induzido a pagar R$1, e após a transferência ele vira um dos administradores do grupo. A partir disso, ele deve convidar outras pessoas, seguindo o mesmo esquema de cobrar o valor e depois encorajar o convite para atrair cada vez mais participantes, criando-se um ciclo. O criador do grupo é o mais beneficiado desse esquema por ser quem convida mais pessoas, quem entra por último acaba não conseguindo ganhar dinheiro algum devido a um limite de vagas disponíveis”.

Para crescer no grupo e ser convidado para outros grupos maiores, os golpistas incentivam as pessoas a doarem valores superiores a R$1. Os anfitriões dos grupos, que convidam os participantes, podem usar contas falsas, como também suas contas verdadeiras. “Ao ingressar em um desses grupos, o usuário estará em meio a pessoas desconhecidas, expondo sua identidade. Além de serem enganados a pagarem valores maiores, ainda espalham esse golpe para terceiros. É importante também ressaltar que esquemas de pirâmide são ilegais no Brasil e podem ser denunciados”, conta Emilio Simoni, diretor do dfndr lab, o laboratório de cibersegurança da PSafe.

Como não cair em golpes do Pix

Com a liberação do Pix e a adoção massiva da ferramenta pela sociedade, surgiu um questionamento: como evitar cair em golpes? E qual a chave mais segura para cadastrar? A chave Pix é como o endereço da sua conta no Pix. Para cadastrar a chave, pode ser usado, por exemplo, o CPF, o número do celular, um e-mail ou uma combinação de letras e números aleatórios. Cada conta pode ter até cinco chaves.

Emilio Simoni alerta para o cadastro de CPF como chave para realizar e receber pagamentos: “Ao combinar o CPF com outras informações pessoais, o risco de fraudes aumenta. Dessa forma, é recomendável que o uso do CPF como chave seja utilizado para pagamentos para pessoas ou empresas com as quais você já se relaciona”. No caso de compras em sites, lojas e em transferências para pessoas que você não conhece, o ideal é cadastrar uma chave aleatória que garante mais segurança nas transações, porque não expõe dados pessoais. 

“Existem diversas listas de dados vazados na internet. Se um fraudador tem acesso ao seu CPF e depois consegue seu nome completo e seu endereço nessas listas vazadas ele já pode abrir contas digitais, assinar serviços de streaming e praticar outros golpes. Por isso é importante resguardar esses dados”, explica Simoni.

Cuidados que o consumidor deve tomar

  • Sempre busque informações confiáveis sobre a loja ou instituição para qual você pretende fazer a transferência. Canais de reclamação do consumidor podem ser um bom lugar para descobrir a reputação da marca.

●     Caso for realizar uma transferência para um desconhecido, cadastre uma chave aleatória. Use seu CPF ou dados pessoais apenas em transações para pessoas que você conhece.

●     Com a nova função de realizar Pix pelo WhatsApp, é preciso reduzir os riscos de invasão ao aplicativo. Instale uma solução de segurança em seu celular capaz de identificar tentativas de clonagem de WhatsApp, como por exemplo o dfndr security, que alerta sempre que alguém tentar acessar sua conta.

●     Não transfira valores nem realize pagamentos sem antes ligar para a pessoa, fora do WhatsApp, e confirmar que é ela que está falando com você.

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