Pegar táxi em Beijing é osso!

Diretor de Produto e empreendedor. Foi enviado para o outro lado do mundo com o desafio de montar o primeiro escritório da PSafe outside BraZil.

Os taxistas de Beijing não gostam de parar para estrangeiros. Numa primeira análise, qualquer turista desavisado pode pensar que os chineses são xenófobos, mas eles sabem da dificuldade de comunicação e, por isso, evitam estes passageiros que provavelmente desconhecem o Mandarim.

E poucos taxistas falam inglês. Então, não estranhe se, na sua próxima viagem à China, você estiver disputando um táxi numa mesma calçada com um chinês, o carro parar para o passageiro local e deixar você para trás.

O custo do serviço de táxi e suas peculiaridades

Outra curiosidade é quanto à diversificação dos táxis. Ela não existe. Todos são da mesma marca e modelo, o Hyundai Lantra. Então, aquela velha tática de cariocas de esperar um carro de modelo mais espaçoso, não vale nada por aqui.

Como tudo na China, também existe o mercado paralelo de táxis, o que os chineses chamam de black táxis ou carros sem licença, mas que recolhem passageiros e oferecem o serviço livremente, uma boa opção para estrangeiros que não têm sucesso ao tentar embarcar no transporte oficial, depois de perceber que vários táxis vazios passando em disparado ignorando seus sinais de parada nas ruas.

Os black táxis param para todos. Mas se você precisa comprovar gastos da sua viagem, melhor empenhar-se mais para embarcar num veículo oficial, já que a emissão de nota fiscal do serviço está restrita aos carros iguais e de mesmo modelo, os Hyundais. E nem precisa pedir, toda viagem que você faz tem emissão de NF. E a corrida é muita barata, uma viagem na China percorrendo o equivalente à distância ZS carioca-Galeão sai por 50 Kuais, que correspondem a US$ 8, menos de R$ 20.

A bandeirada sai por 13 Kuais, considerada alta, mas se a distância a percorrer é curta, seguramente você vai ouvir do motorista pedido por adicional financeiro. Mas se você vai percorrer uma grande distância, planeje-se, muitas vezes os motoristas podem se negar a fazer a corrida.

Em geral, tem-se a impressão que os taxistas dão muitas voltas para aumentar o trajeto e, com isso, o valor da corrida, mas depois de um tempo por Beijing percebe-se que não, que o caminho é confuso e não tem muita gente querendo dar voltas em turistas. Simplesmente não faz parte da cultura local.

Corridas curtas e longas podem ser recusadas

Se a corrida é muito curta, os profissionais recusam o serviço e te deixam para trás sem mais explicações. E se é muito longa, também. Então, prepara-se, para perto ou para longe, melhor buscar outra alternativa aos táxis. Eles levam você apenas para onde eles querem.

Maior atenção ainda no inverno congelante de Beijing, para não correr o risco de virar um boneco das neves na rua à espera de um táxi. Caso você não se pareça a um oriental, agasalhe-se bem, porque seguramente ele não vai parar para você. Como nota, já passei mais de 30 minutos tremendo de frio para conseguir um veículo nas ruas de Beijing.

Sobhan Daliry

Meio paraibano meio iraniano. Fala Persa, Inglês, Português e Espanhol, mas terá que se virar no Mandarin, em Beijing. Diretor de Produto e empreendedor. Foi enviado para o outro lado do mundo com o desafio de montar o primeiro escritório da PSafe outside BraZil. O resultado desta empreitada e o dia a dia do executivo na Ásia, você lê aqui no Blog, todas as segundas e quartas-feiras, às 19h.

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