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Evite o golpe do falso emprego: aprenda a identificar uma vaga fraudulenta

Mais de 600 mil tentativas do golpe foram detectadas entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022. Veja dicas exclusivas para você não cair no golpe do falso emprego.

13,5 milhões: esse é o número de brasileiros desempregados no terceiro trimestre de 2021, segundo dados divulgados pelo IBGE. Este é um cenário propício para a disseminação do golpe do falso emprego, uma forma de ataque de criminosos que procura roubar dados para ganhar dinheiro de forma ilícita.

Este tipo de ameaça pode ser altamente lucrativa para cibercriminosos e gerar muita dor de cabeça para aqueles que estão em busca da recolocação profissional. Neste post, você vai aprender tudo sobre como o golpe do falso emprego funciona e descobrir como algumas atitudes podem reforçar sua proteção nestes casos.

O que é o golpe do falso emprego?

Disseminado principalmente pelo WhatsApp e outras redes sociais, o golpe do emprego falso visa a transferência direta de dinheiro para cursos de qualificação que não existem ou o roubo dados pessoais e credenciais de acesso bancário das vítimas.

Segundo o Emilio Simoni, executivo-chefe de cibersegurança da PSafe, a atual situação do país criou um cenário favorável para que os cibercriminosos pensassem em aprimorar esse tipo de ataque.

O grande diferencial deste ataque é que, ao ter acesso às credenciais de redes sociais do usuário, como login e senha, o golpista pode se passar por ele para espalhar outros golpes entre seus contatos, além de criar lives e publicações patrocinadas para aumentar a viralização do link malicioso. É comum também que o cibercriminoso utilize dados pessoais da vítima para fraudes financeiras, como solicitar empréstimos indevidos, fazer compras e até abrir empresas falsas.

Emilio Simoni, executivo-chefe de cibersegurança.

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Como o golpe do emprego falso funciona

A vaga de emprego falsa é divulgada por meio de links quase idênticos ao de empresas conhecidas e consolidadas no mercado, geralmente com a alteração de alguns caracteres e detalhes no layout. Ao acessar o link, o usuário é incentivado a responder uma pesquisa para concluir o suposto cadastro e, posteriormente, compartilhar o ataque com seus contatos nas redes sociais.

O anúncio de vagas falsas também pode levar o usuário para um site que não pertence a uma empresa real, geralmente contendo um questionário de perguntas aleatórias (criado apenas para distrair os interessados). A vítima pode ser induzida a informar suas credenciais de acesso de redes sociais ou informações pessoais, como nome completo e CPF.

Segundo Simoni, não existe uma tendência de diminuição do número desses tipos de golpes. Eles podem, inclusive, se intensificar com a aproximação do Natal, já que nesta época do ano há uma grande oferta de empregos temporários. Por isso, os usuários precisam redobrar a atenção com links de supostas oportunidades de emprego divulgadas pela internet.

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Marco de Mello, CEO da PSafe, explica que as ofertas de emprego falsas têm tomado uma proporção bastante assustadora no Brasil, em entrevista cedida ao quadro “É Golpe?” do programa “Fantástico” exibido em outubro de 2021.

Você tem dois golpes a cada minuto de oferta falsa de emprego. É um crescimento de 400% nos últimos meses.

Marco de Mello, CEO da PSafe

Entre setembro de 2021 até fevereiro de 2022, estima-se que mais de 608 mil golpes relacionados às falsas vagas de emprego tenham sido bloqueadas pelo dfndr lab.

A linha do tempo do golpe

O golpe do falso emprego infelizmente não é uma novidade no país, sendo alertado pelo dfndr lab há vários anos.

Novembro de 2016: hackers criaram anúncios falsos que oferecem vagas de trabalho no período do Natal. O objetivo seria instalar um vírus para roubar dados pessoais e bancários.

Agosto de 2017: um novo golpe envolvendo o nome de uma famosa marca do ramo de bebidas começa a circular entre usuários do WhatsApp. Com a divulgação de 81 vagas (falsas) disponíveis, mais de dez mil pessoas foram vítimas do ataque.

Agosto de 2017: dessa vez, os cibercriminosos usam o nome de duas marcas do ramo alimentício e vestuário para divulgar falsas vagas, também pelo WhatsApp. Mais de 693 mil brasileiros foram atingidos.

Julho de 2017: um link fraudulento enviado pelo WhatsApp informava que uma rede de supermercados estaria contratando novos profissionais. Ao abrir o link contido na mensagem, a vítima era incentivada a compartilhar o golpe com 15 amigos e a assinar um serviço de SMS pago, capaz de baixar aplicativos maliciosos e infectar o smartphone.

Janeiro de 2018: um novo golpe, com mais de 1.1 milhão de acessos, prometia falsas vagas no ramo de envio e entrega de correspondências.

Print de golpe do falso emprego

Janeiro de 2018: em apenas quatro dias, mais de 1.1 milhão de bloqueios foram realizados pelo dfndr security em mais uma mensagem divulgada pelo WhatsApp, divulgando falsas vagas em nome de duas empresas representantes do ramo do varejo.

Março de 2018: duas marcas do ramos de chocolate tiveram seu nome usado indevidamente para a divulgação de vagas. O dfndr realizou mais de 145 mil bloqueios ao golpe.

Janeiro de 2019: Entre janeiro e outubro de 2019, houve o registro de um aumento de 174% no número de golpes que ofertam vagas de emprego falsas como isca. Mais de 49 mil detecções de acessos e compartilhamentos dessas páginas foram feitas pelo dfndr lab.

Junho de 2019: uma nova modalidade de golpe prometia vagas falsas com o intuito de roubar credenciais de acesso do Facebook. O link do ataque, ativo desde o mês de maio, afetou mais de 300 mil pessoas.

Junho de 2021: um levantamento da PSafe detectou mais de 346 mil acessos e compartilhamentos a golpe do falso emprego durante o ano de 2021.

Fevereiro de 2022: mais de 608 mil tentativas de golpes foram identificadas no final de 2021 e início de 2022.

Como se proteger

Existem alguns critérios que podem levantar desconfiança ao receber uma oferta de vaga por canais informais, como Facebook Messenger ou WhatsApp.

As falsas vagas veiculadas, normalmente são genéricas e destinadas a qualquer pessoa, muitas vezes estes anúncios contêm erros gramaticais  e mensagens confusas na descrição.

Emilio Simoni, executivo-chefe de cibersegurança.

Pensando nisso, Simoni listou algumas dicas para você não cair no golpe do falso emprego.

1. Vagas divulgadas no WhatsApp: fique esperto!

O WhatsApp é, ainda, o principal meio de disseminar o golpe do falso emprego, devido o seu grande poder de viralização. No entanto, dificilmente as empresas usam esse tipo de rede para efetuar contratações.

Por isso, redobre a atenção quando receber uma vaga pelo app de mensagem, mesmo que tenha sido enviada por amigos ou familiares.

Uma forma mais eficaz de saber se a mensagem é verdadeira é manter um antivírus instalado no celular. O dfndr security, por exemplo, é o único app de segurança para o sistema Android que oferece proteção em tempo real contra ataques dentro do WhatsApp, SMS e Messenger.

Ele detecta e avisa se um link é perigoso assim que você recebe uma vaga de emprego falsa.

2. Atente-se à página de divulgação

Ao acessar uma página de candidatura, verifique se ela possui outras sessões, como uma página inicial, uma aba institucional com informações de contato ou que fale sobre a empresa que está oferecendo a suposta vaga.

3. Pense duas vezes antes de informar qualquer dado

Todos os sites de empregos falsos solicitam dados pessoais, como nome, telefone, e-mail e endereço. Antes de preencher qualquer formulário, verifique se a página disponibiliza algum campo para que você possa escrever um pouco sobre sua experiência profissional, habilidades ou até mesmo anexar um currículo.

Caso contrário, desconfie. Provavelmente seus dados serão usados de forma ilícita após informá-los.

4. Desconfie das remunerações oferecidas

A maioria das vagas de empregos falsas oferecem oportunidades para diferentes cargos com a mesma faixa de remuneração salarial. Desconfie!

Um Jovem Aprendiz, por exemplo, tem uma carga horária de trabalho menor e menos responsabilidades que um Auxiliar de Produção ou um Auxiliar Administrativo. Por esses e outros motivos, uma vaga não costuma informar uma remuneração igual para um certo cargo sem analisar o currículo do candidato antes.

5. Pediu para compartilhar? É cilada!

“Para finalizar seu cadastro, você precisa compartilhar nossas vagas com 10 amigos ou 5 grupos no WhatsApp.” Essa é a principal característica do golpe do falso emprego. Para atingir o maior número de usuários possíveis, os cibercriminosos recorrem a este truque de engenharia social, pedindo que a vítima compartilhe a vaga de emprego falsa com pessoas conhecidas que estão na mesma situação e alegando que elas também podem se realocar no mercado.

Então, se o site te pede para compartilhar a vaga como parte do critério para sua inscrição, tenha certeza que você está prestes a cair no golpe do falso emprego.

6. Conte com uma boa ferramenta de segurança

Para se proteger das ameaças, é recomendável manter um bom sistema de segurança instalado no celular.  O dfndr security, app de segurança digital da PSafe, possui função Bloqueio de Hackers, alertando em tempo real caso o usuário receba ou acesse um link malicioso por meio do WhatsApp, Facebook Messenger, navegador e SMS.

Também é aconselhável que o candidato sempre confira se o processo seletivo também é anunciado nos canais oficiais da empresa, como site e redes sociais verificadas. “É fundamental que o usuário forneça informações pessoais apenas em meios totalmente confiáveis”, completa Simoni. 

Em caso de dúvida, sobre se um site é verdadeiro ou não, os candidatos podem sempre acessar a checagem de links maliciosos, disponível no site do dfndr lab. Em poucos segundos a ferramenta atesta se o endereço da vaga é verdadeiro ou se pode oferecer alguma característica maliciosa.

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